sábado, 17 de dezembro de 2011




Do que adianta pedir socorro




se não tem ninguem pra me salvar?

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Conversando com o cérebro...

- Olha, vou te dar uma dica, Posso?

- Uhum

- Quando alguém faz uma merda, seja lá de qual tipo, depois de perceber que causou dor em alguém querido, como você, vai tentar fazê-la entender que não teve escolhas, mesmo quando nós sabemos que sempre temos escolhas, e que muita das vezes são difíceis de tomar.
O que quero dizer, é que ele vai tentar fazer com que você veja que é exagerada e apenas não compreende o egoísmo dele, que é a hora dele ser feliz!

- Então tenho que aceitar esse egoísmo...

- Não, não, minha querida, pelo contrario, quem não pensa em você nem na hora de dar uma explicação, não merece, nem tão pouco, sua atenção...



"Um desânimo. Uma lerdeza. Um oco. Aquela velha sensação de estar jogando fora a vida. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Uma grande, uma enorme, uma davastadora falta de saco para qualquer pessoa. "
Caio F. Abreu

A vontade

A vontade esteve por aqui...
Vontade de ver
De sentir
De abraçar
De beijar
De simplesmente estar junto...


Depois das magoas
Feridas
Choros
E "por que's" infinitos...
A vontade não esta mais aqui...


Não há vontade de beijar
Nem de abraçar
Nem de conversar
Nem de conhecer alguem alguem novo
Nem de ficar uma noite
Nem de fazer nada em casa
Nem de sair de casa...


Me tranco
Me escondo
Me refugio
So há o meu canto


Depressão
Solidão
Decepção
Esses são os ÃO's que moram em mim...








E eu so queria não morar em mim...



sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

- Quem não procura, não sente falta, moço.
- Engano seu, pequena. A saudade é grande, mas o orgulho é ainda maior, menina.

(caio fernando)


Acredito no orgulho...
mas saudade não creio que vá sentir...

Bagunça


















Vontade do nada.
Vontade de não fazer nada.
Coisas jogadas
Bagunça caos

Não acho o livro
Não a libido
Não acho o equilíbrio
Transito...

Transito no nada que persiste
Que me invade
me entrega
me joga
direto nos braços da sólida
Solidão...

Sentimentos aparecem
Desaparecem
Embrutece
Tudo, ou o nada, que restou em mim
O meu não existe
na verdade, nunca existiu.
Não em mim, não nos outros

Não sei como agir
São horas e horas deitada em um canto
Enquanto tudo e o nada acontecem
Enquanto isso, ninguém se importa...
Nem mesmo quem me deu o tudo e o nada

É ingrato o destino
Enquanto aquele menino
Se diverte no tudo
de outra de outros
Não sentirá falta
Do tudo que dei
E nem do Nada que me deu

Só há uma Saudade...
Enquanto estiver aqui
Nunca estará por la
Saudades de um tudo que não vivi
para ele viver com outra

outra...
sempre outra fica no meu lugar
Não ha espaço para mim
Não ha carinho para mim
Não ha verdade para mim
Só me devolvem mentiras
Enquanto distribuo verdades...

Verdades...
para que ninguém as quer
Não, como eu quero
Não como eu peço

O silencio das mentiras atormenta
Decepciona
desaba...
desaba meu mundo
meu universo
Meu universo paralelo
Aquele que eu estava quando te via em mim.
Agora tudo se foi
Tudo desabou
Tudo quebrou
Tudo mudou com a mentira
Mentira...
Mentira...
É tudo uma mentira!
É nada uma mentira!


Mas esse vazio ela conhece muito bem...



Clarisse
(Legião Urbana)

Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber
Aquele menino foi internado numa clínica
Dizem que por falta de atenção dos amigos, das lembranças
Dos sonhos que se configuram tristes e inertes
Como uma ampulheta imóvel, não se mexe, não se move, não trabalha.
E Clarisse está trancada no banheiro
E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete
Deitada no canto, seus tornozelos sangram
E a dor é menor do que parece
Quando ela se corta ela se esquece
Que é impossível ter da vida calma e força
Viver em dor, o que ninguém entende
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer.
Uma de suas amigas já se foi
Quando mais uma ocorrência policial
Ninguém entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano
Cumprindo o seu dever, como se eu fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente
Nada existe pra mim, não tente
Você não sabe e não entende
E quando os antidepressivos e os calmantes não fazem mais efeito
Clarisse sabe que a loucura está presente
E sente a essência estranha do que é a morte
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo
O medo de voltar pra casa à noite
Os homens que se esfregam nojentos
No caminho de ida e volta da escola
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
E que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço
Clarisse está trancada no seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito
Clarisse só tem 14 anos...